A contratação de mão de obra temporária é uma atividade bastante comum nas empresas, principalmente em épocas sazonais, como o final do ano, ou para a resolução de situações internas.
Na prática, o serviço de mão de obra temporária é utilizado para solucionar o aumento extraordinário de demanda, a realização de projetos especiais e a substituição de colaboradores regulares devido licença-saúde, férias ou afastamentos.
Regulamentada pela Lei 6.019/74, a contratação de mão de obra temporária não pode ultrapassar 180 dias corridos (seis meses), ao menos que a empresa comprove a manutenção das condições que justificam a contratação temporária.
Neste caso, o contrato pode ser prorrogado apenas uma vez, por até noventa dias corridos, totalizando nove meses de serviço, conforme apresentado na nova Lei da Terceirização (Lei nº 13.429/17).
Ainda de acordo com a legislação, o empregado temporário deve receber uma remuneração equivalente à da categoria, ou seja, a empresa deve pagar ao trabalhador temporário o mesmo salário recebido pelo funcionário regular.
Segundo a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-RS) o final do ano é o maior período de contratação de mão de obra temporária, principalmente devido ao Dia das Crianças, o Natal e a volta às aulas.
Com o aumento nas vendas durante as festas de fim de ano, por exemplo, diversos setores buscam nos trabalhadores temporários a solução para atender a maior demanda e as demais necessidades que surgem no período.
Para o empregador, a mão de obra temporária representa uma solução rápida e de baixo custo, já para o empregado é uma oportunidade de entrar no mercado de trabalho, fazer uma renda extra e até mesmo ser efetivado.
Como vimos, a mão de obra temporária é utilizada para solucionar o aumento da demanda das empresas, entre outras situações. Por isso, diversos setores se beneficiam desse tipo de contratação.
Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), os setores que mais contratam temporários entre setembro e dezembro são: indústria, serviços e comércio.
Enquanto o pico de contratações temporárias no comércio ocorre em novembro e dezembro por causa do Natal, na indústria o maior número de contratações ocorre principalmente em setembro.
A pandemia do coronavírus que atingiu o mundo em 2020 trouxe diversas mudanças para empresas e trabalhadores.
Em um cenário de muitas incertezas, insegurança econômica, dificuldade de planejamento e medidas de isolamento social, os gestores optaram pela contratação temporária como forma de proteger os negócios e manter a produtividade e as atividades em dia.
De acordo com a Asserttem, em 2020, foram registradas cerca de 2 milhões de contratações temporárias, representando um aumento de 34,8% em relação a 2019, quando o número de vagas temporárias chegou a quase 1,5 milhão.
Já o levantamento da consultoria Page Interim determinou as cinco áreas que mais buscaram profissionais temporários durante a pandemia, em 2020:
Para garantir que a contratação de temporários seja assertiva e benéfica para a empresa, é preciso considerar algumas questões e tomar os devidos cuidados.
Isso porque realizar uma contratação errada pode impactar nos serviços da empresa, reduzindo a produtividade e custando mais.
Confira os principais erros cometidos pelas empresas quando se trata de contratação de mão de obra temporária:
1 - Realizar o processo seletivo de última hora e com pressa, desconsiderando etapas essenciais para conhecer o perfil dos candidatos e possíveis colaboradores;
2 - Não fazer pesquisa para determinar o perfil necessário para o cargo;
3 - Não realizar testes com o candidato, o que pode resultar na contratação de um profissional que não possui as habilidades necessárias para realizar determinados procedimentos;
4 - Deixar o gestor da área responsável pela vaga de fora do processo. O gestor é a pessoa que melhor compreende as necessidades do setor e rotina do trabalho, portanto, ele é a pessoa mais indicada para determinar o perfil de profissional necessário no momento;
5 - Não investigar e confirmar as informações pessoais e profissionais apresentadas pelo candidato;
6 - Contratar um profissional sem experiência. Muitas vezes, a contratação temporária não garante o tempo necessário para o desenvolvimento do trabalhador dentro da empresa.
7 - Contratar um profissional que não tenha nenhum conhecimento do negócio, como produtos/serviços que a empresa oferece.
Agora que você já conhece os principais erros na contratação de mão de obra temporária, saiba mais sobre como funciona o trabalho temporário.
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